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A invenção do objeto a e suas incidências na clínica
como causa do desejo
O objeto a não tem nada em comum com aquilo que se chama
de objeto, escapa as propriedades da Estética transcendental de Kant.
Lacan o articula a uma álgebra cuja construção provém de uma topologia
das superfícies desenvolvida a partir do seminário sobre a identifi cação.
Contudo é a própria clínica que exige de nós essa modifi cação pela modulação
incessante do sujeito nos álibis que encontra frente a sua responsabilidade
com a causa do seu desejo a demarcar, numa tentativa de reenvio infi nito
a sua própria imagem narcísica e aos objetos de sua identifi cação. Há um
gozo que se oculta como o segredo do sintoma criando seu próprio espaço.
Nossa proposta é retomar os passos dessa invenção desde a questão do
esquema ótico e dos meandros do imaginário através da opacidade do
Unheimlichkeit em Freud.
Nestor Lima Vaz
Início: 08 de março.
Terças-feiras às 12h (quinzenal)
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