Page 30 - Boletim 2021 - ELF
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A escrita do fantasma: do matema à clínica
“Toda realidade humana, não é nada mais
que a montagem do simbólico e do imaginário
[...] e que o desejo, no centro desse aparelho,
desse quadro que chamamos realidade, é
também [...] o que corre, o que importa distinguir
da realidade humana e que é ... o real, que
não é nunca senão entrevisto [...] quando a
máscara que é aquela do fantasma, vacila.”
LACAN, J. A lógica do fantasma.
A escrita do fantasma, na sua simplicidade de matema, articula o
laço do sujeito com o objeto a.
O sujeito é barrado do que o constitui como função do Inconsciente.
É uma articulação freudiana.
Quanto ao dito objeto a é em referência a ele que se pode falar
de lógica. Justamente porque não é de uma referência à fantasia como
imagem ou ao imaginário que se trata.
Lacan marca seu caráter subversivo para a análise da subjetividade
e da história na contemporaneidade.
Retira essa função das peças destacáveis: o seio, o cíbalo, o olhar
e a voz religadas ao corpo.
Articular a dimensão do matema, da literatura e da clínica analítica
será de novo o percurso visado.
O signifi cante Écriture, em francês, articula esses termos como na
matemática, nas Escrituras Sagradas e na Psicanálise.
Não se trata da existência de fato e sim, da existência lógica. O
sujeito não está ali anteriormente ao signifi cante assim como o objeto a
também não é anterior à operação do signifi cante.
Nestor Lima Vaz
Início: 10 de agosto
Terças-feiras às 12h (quinzenal)
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